Bulling

BULLYING:

Você gostaria de ser o alvo das piadas e humilhações de seus colegas, receber apelidos ridículos sem poder reclamar, ser ameaçado todos os dias e ter que fazer coisas que não quer fazer pra não apanhar depois?

Pois é, alguns colegas se acham no direito de humilhar e agredir os meninos e as meninas e chamam isso de brincadeira, pois para eles o sofrimento dos outros é mesmo muito divertido.

Outros colegas, no entanto são as vítimas. Recebem apelidos, são insultados e acusados de fazerem coisas que não fizeram, são ameaçados e agredidos verbal e fisicamente. Estão sempre passando vergonha na frente dos outros e por isso vivem tristes e acabam deixando de gostar da escola e das pessoas, pois se sentem desamparados sem proteção e com dificuldades de aceitação. E ainda por cima por vergonha ou medo acabam deixando de denunciar os colegas que os agridem e deixam de pedir ajuda.

É esta situação onde um grupo se diverte agredindo e maltratando o outro repetidamente e injustamente que chamamos de BULLYING.
O termo bullying é inglês e refere-se ao verbo "ameaçar, intimidar" e Bully quer dizer valentão.
E valentão não tem nada a ver com coragem, pois os valentões só agridem os mais fracos e quando se deparam com um problema, são os primeiros a sair correndo para se esconder, e só aparecem quando o problema acabou ou quando se juntaram com uma gangue de quatro ou cinco para baterem em um só. Colocam sempre a culpa nos outros e mentem para se defender. Na verdade quem faz isso é mau caráter e covarde.
É por isso que o bullying tornou-se um problema tão sério. Ninguém pode vir para a escola para agredir e bater nos outros, assim como ninguém pode vir para a escola para ser humilhado e agredido.
Os agressores são geralmente os líderes negativos da turma, são populares e podemos reconhecê-los facilmente, porque gostam de colocar apelidos nos mais tímidos, fazem fofoca dos outros, riem e debocham de tudo o que acontece na sala de aula e costumam justificar seus péssimos hábitos como sendo “brincadeira” ou dizendo “mas eu não fiz nada”.

Assim como a vítima, eles também precisam de ajuda psicológica, pois quando adultos podem se transformar em péssimos colegas de trabalho ou mesmo em marginais.
Para evitar a formação desse tipo de cidadão, o Estatuto da Criança e do Adolescente deixa claro que atitudes de indisciplina podem e devem ser resolvidos dentro da escola, porém quando o problema passa a ser uma infração como é o caso das agressões físicas e verbais, a destruição de patrimônio, a difamação pública, entre outros, dentro ou fora da escola, o caso deve ser denunciado e levado à justiça, onde o adolescente que cometeu a infração depois de julgado deverá cumprir uma medida socioeducativa de acordo com sua infração.

Baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente o Juiz decide entre as seguintes medidas socioeducativas abaixo, qual deve ser aplicada:
1- Advertência;
2- Obrigação de reparar o dano;
3- Prestação de serviços à comunidade.
4- Liberdade assistida. (onde será acompanhado e orientado por pessoa competente).
5- Inserção em regime de semiliberdade.
6- Internação em estabelecimento educacional. (ECA, art. 112)

Para evitarmos estas situações, precisamos aprender a conviver bem com todas as pessoas, amigos familiares, professores, crianças, adultos ou idosos.
E para conviver bem com todos precisamos sempre nos colocar no lugar do outro e pensar: “eu gostaria que fizessem isso comigo”? E “se eu agir assim, vou poder contar em casa ou para o professor”?
As coisas que a gente não quer pra gente não se faz com os outros, e coisas que não podemos contar para os pais e professores não é coisa legal de se fazer.
Precisamos ser amigos de verdade, cultivar a tolerância e o respeito, pois somos todos diferentes cada qual na sua maneira de ser, com defeitos e virtudes.
Precisamos, no entanto enxergar e valorizar nossas virtudes e também a dos outros. Ao mesmo tempo, precisamos reconhecer nossos defeitos, para conseguir substituí-los por atitudes que preservem a paz, a boa convivência, a verdade e a amizade, para juntos construirmos uma escola e uma sociedade mais segura onde podemos ir e vir sem medo e muito mais feliz.
Com carinho da Professora Maria Sueli