quarta-feira, 9 de setembro de 2009

História sobre a Gripe A (H1N1) para crianças

O Monstro a Fada e as Crianças Levadas

Era uma vez, uma linda menina chamada Maria.
Maria era alegre, brincalhona e muito estudiosa, era muito querida e por isso tinha muitos amigos, como Zezé, Lili, Julia, Léia e Zuca.
Um dia, aconteceu uma coisa terrível enquanto brincavam no jardim da casa de Léia.
Uma bruxa malvada que não gostava de crianças apareceu e disse:
- Eu não gosto de crianças, eu não gosto de alegria, eu não gosto de gente com saúde. Quero ver todos doentes. - Ela disse as palavras mágicas e invocou um terrível monstro, o monstro da gripe A (H1N1), também conhecido como gripe suína. Antes de sumir no ar acrescentou:
- Este monstro é grande e poderoso ele está em todos os lugares e vocês, crianças bobinhas, não poderão vê-lo e, portanto não poderão se defender.
As crianças ficaram horrorizadas e começaram a chorar.
- E agora? - Disse Zezé. – O que vamos fazer?
- Se a gente não enxergar esse monstro como vamos nos defender? – acrescentou Lili.
Maria muito pensativa disse com voz preocupada:
- Se a bruxa malvada lançou este feitiço, só uma boa fada para nos ajudar com suas mágicas.
E todos ficaram mais alegres, pois sabiam que ali, no bosque encantado, morava uma fada boa, que gostava de crianças, e queria ver a todos com muita saúde.
Foram até lá, e em cima de uma flor amarela estava ela, a fada Bela, cantando feliz rodeada de borboletas e passarinhos.
- Fada Bela. – Gritaram todos juntos.
A fada sorriu com seu sorriso encantador e perguntou com sua voz delicada:
_ O que foi que aconteceu? Por que essas carinhas tristes?
Maria se aproximou e disse:
- A bruxa malvada nos enfeitiçou, mandando um monstro terrível nos atacar e deixar a todos muito doentes. Você pode nos ajudar?
A fada pensou um pouco e com voz triste disse:
- É inverno, a bruxa nesta época é muito forte e seu monstro também. Somente no verão quando o Sol nascer forte e o frio for embora as forças do monstro diminuem e poderemos mandá-lo embora.
- Então estamos perdidos, o monstro vai nos pegar porque o verão ainda vai demorar pra chegar. – Disse Julia com voz de choro.
Todos olharam para a fada desapontados, pois tinham esperanças de que ela poderia ajudar. Então, a fada lembrou de sua caixinha mágica e disse:
- Não podemos destruir o monstro, mas podemos conviver com ele usando algumas mágicas.
Pegou sua caixinha e foi dizendo:
- Mágica número 1: Lavar sempre muito bem as mãos.
O monstro ataca pelas mãos, então mesmo não o vendo, sempre que lavamos as mãos estamos mandando o monstrão para o esgoto.
- Nossa, isso já é legal. – disse Zezé.
- Mágica número 2. – continuou a fada. – Não colocar as mãos nos olhos, boca e nariz. O monstro da gripe entra por aí, então se as mãos estiverem sempre limpas e não colocarmos as mãos nos locais por onde ele entra, como ele vai entrar na gente pra nos deixar doentes?
- Nossa, não sabia disso, falou Lili.
- Mágica número 3. – Disse a fada empolgada. – Se tiver que tossir ou espirrar, use um lenço descartável e jogue no lixo depois. Mas se isso não for possível nunca espirre na sua mão, coloque o rosto dentro do braço e espirre pro chão. Se o monstro da gripe estiver aí, ela vai dar de cara no chão.
Todas as crianças começaram a rir, já estavam bem alegres, pois estavam percebendo que mesmo com um monstro tão terrível por perto, elas já tinham como se defender.
- Mágica número 4. – Continuou a fada. – Se alimentem muito bem, lembrem da alimentação balanceada com frutas, verduras e carboidratos e tomem bastante água. Se vocês estiverem fortes e bem hidratados o monstro nem tentará chegar perto de vocês.
- Oba! Gritaram todos, já bem animados.
- Mágica número 5. – Disse a fada com um pouco de tristeza. – Evitem o máximo que puderem pegar nas mãos uns dos outros, brincar de agarrar e dar aqueles beijinhos, assim vocês também evitarão contaminação e deixarão o monstro da gripe bem zangadão.
- Que pena, disse Maria é bom dar um aperto de mão ou um beijinho no irmão.
- Não vai ser por muito tempo, disse a fada pra consolar. Mas evitar o contato com pessoas, principalmente se estiverem doentes é muito importante.
As crianças ficaram olhando para a fada em silêncio, esta era a parte que elas menos gostaram, mas se era importante, então, não tinha jeito, tinha que ser feito.
- Mágica número 6. – Disse a fada pela última vez. – Se quiserem deixar o monstro afastado mesmo, nunca coloquem objetos na boca, como lápis, borracha, régua, brinquedos, e outras coisas assim, e nem o garfo ou colher do amigo. Se o monstro entra pelo nariz, boca e olhos, não tem jeito não, isso também não pode.
- Todos agradeceram a mágicas oferecidas pela fada, que ficou muito feliz em poder ajudar.
Mas, quando estavam se despedindo, olha só quem resolveu aparecer.
Era Zuca, mas estava tão diferente, parecia cansada com dores pelo corpo. Ela tossia e espirrava às vezes nas mão, às vezes no chão, no portão, na parede e até na cara dos outros.
Os amigos nem pensaram nas mágicas da caixinha e antes que a fada pudesse gritar:
-Cuidado! - todos rodearam Zuca. Maria deu a mão e perguntou o que ela tinha.
Lili deu um beijinho no rosto que estava melecado de espirro. Zezé chegou animado e bateu sua mão na mão Zuca . Léia e Julia perceberam que havia algum problema e lembrando das mágicas permaneceram mais longe, deram um belo sorriso e disseram:
- Olá Zuca! Por que esta tão abatida? O que aconteceu? – Zuca respondeu:
_ Oi amigos. Que bom vê-los. Acho que peguei uma gripe daquelas, meu corpo dói, estou com tosse seca, minha garganta está inflamada. Hoje de manhã vomitei e acho que até estou com diarréia. Minha febre está subindo, estou tão cansada. Vou pra casa descansar.
- Casa coisa nenhuma! – Disse a fada preocupada e zangada. – Vocês não perceberam que o monstro da gripe Suína já pegou Zuca e provavelmente já pegou vocês também? Ela tem que ir pro hospital tomar remédio urgente, senão ela vai morrer.
- Nossa! É mesmo. – Falaram todos numa única voz.
Enquanto a fada num passe de mágica levava Zuca para o hospital, as crianças olharam para suas mãos e foram correndo lavar.
Léia e Julia agiram corretamente, viram Zuca doente e não se aproximaram muito. Estavam livres do monstro.
Zezé e Maria que haviam dado a mão, mas ainda não haviam passado no rosto, ouviram o monstro gritando ralo a baixo, depois que lavaram as mãos.
Mas Lili, pobre Lili, gostava de dar beijinhos e vivia abraçando todo mundo. Depois daquele beijinho no rosto de Zuca, o monstro deu uma risada e desceu goela abaixo. Lili estava contamina e também foi internada.
Ficou num quarto isolada pro monstro não fugir e pegar outras pessoas.
As crianças aprenderam a lição.
O monstro é invisível e não pode ser destruído. Mas dá para viver bem, tomando todo o cuidado, com as mágicas da fada Bela:
Lavar sempre as mãos; evitar mãos na boca, nariz e olhos; nunca espirrar ou tossir nas pessoas ou coisas, se não tiver lenço descartável esconder o rosto e tossir no chão; não colocar objetos na boca; deixar de agarrar os outros ou pegar nas mãos e beijar pessoas doentes; e principalmente, tomar bastante liquido e ter uma alimentação balanceada.
As crianças que foram contaminadas por perceberem a doença a tempo aguardaram no hospital e logo ficaram boas. E as outras permaneceram bem atentas, pois o monstro da gripe A (H1N1) estava em toda a parte tentando pegar todo mundo.
Mas quem era esperto se cuidava com as mágicas da caixinha mágica.
Até que chegou o verão e com ele muito Sol. O monstro perdeu as forças e voltou pro lugar de onde veio.
Todos continuaram vivendo felizes, mas pra evitar complicação continuaram a manter bons hábitos de higiene e cuidar da alimentação.

Maria Sueli Pamplona Boehme
Agosto de 2009

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